Departamento da Escola Dominical
Estudo dos Professores
Duque de Caxias, 16 de agosto de 2009.
Lição: 07 I Jo 2.18-26; II Jo 1.7.
A CHEGADA DO ANTICRISTO
INTRODUÇÃO: Pelo tom polêmico de várias passagens, podemos dizer que as comunidades, às quais são dirigidas as cartas, passam por uma crise. Certos pregadores chamados “anticristos”, mentirosos e sedutores, pregavam falsas doutrinas. Rejeitavam a encarnação (1Jo 4.2; 2Jo 7); não admitiam Jesus como Messias (1Jo 2.22) e Filho de Deus (1Jo 4.15). Afirmavam conhecer a Deus, não ter pecado (1Jo 1.8-10), mas não observavam os mandamentos (1Jo 2.4-9). Trata-se de uma tendência do Gnosticismo, que se desenvolveu sobretudo depois, no século II.
Objetivos da lição:
ØIdentificar que o espírito do Anticristo já opera no mundo;
ØCompreender que a manifestação pública do Anticristo só ocorrerá após Jesus retirar seu povo da Terra;
ØEntender que apesar dos seus feitos e poder, o Anticristo já possui um fim pré-determinado na bíblia.
Para o bom desempenho desse tema, será
Necessária a leitura dos livros de Daniel caps. 2, 7, 9 e 11.36-45; Mt 24; A epístola de II Tessalonicenses 2 e Apocalipse do 6ao 22.
Pesquise em livros não com “a luz do seu quarto ou abajur”, mas sim à luz da Bíblia.
Boa Aula!
I. O ESPÍRITO DO ANTICRISTO NO MUNDO
ª Embora o Anticristo não se haja manifestado ainda plenamente, o seu espírito aí está, transtornando igrejas, torcendo as Sagradas Escrituras, alterando a configuração de seu império numa rebelião aberta contra Deus. Ao longo dos séculos, o inimigo usou de diferentes instrumentos humanos para abalar a soberania divina. Karl Marx, para quem a religião era “o ópio do povo”; Sigmund Freud, que considerava a fé uma expressão da infantilidade; Charles Darwin, que buscou as raízes da origem humana na figura ridícula de um suposto ancestral símio (macaco); e Friedrich Nietzche, que teve a ousadia de decretar a “a morte de Deus”.ue buscou as rade;rania divina.riando no lugar onde des “O mundo jaz o maligno”, quer dizer que todos os recursos, quer humanos, quer materiais, acham-se aparelhados para acolher o homem do pecado.
1. O terreno está sendo preparado.
A formação dos Estados Unidos da Europa (União Européia) já é uma realidade nos dias de hoje, onde outrora ficava o núcleo do Antigo Império Romano – com bandeira, moeda e parlamento únicos. O Mercado Comum Europeu já é outra realidade. Esse reino, é o que dará todo suporte político, econômico e religioso ao Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.
2. Prodígios e sinais.
Há quanto tempo não vemos um cego ou um paralítico ser curado? O nosso Deus não mudou, mas o homem sim. Disse Jesus:“por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12), onde há iniqüidade, não pode haver milagres. Quando a Igreja for arrebatada, os que ficarem estarão desesperados buscando algo para se apegarem. É nessa ocasião em que o Anticristo efetuará maravilhas, milagres nunca vistos. Na Grande Tribulação, haverá os que aguardarão a volta de Cristo (judeus e gentios) e é a esses que o Anticristo tentará engana-los (Mt 24.24).
3. Sua aparição.
Para o Anticristo se revele, é necessário que seja removido “um que , agora, resiste” (II Ts 2.7), ou “que o detém” (II Ts 2.6). Esse é o Espírito Santo, enquanto ele operar aqui na Terra, através dos santos, nos quais habita, “o homem do pecado” não poderá revelar-se. O tempo do seu aparecimento, será após o arrebatamento da Igreja – II Ts 2.7,8.
II. A PESSOA DO ANTICRISTO
ª Segundo mostram os textos bíblicos, o Anticristo, ainda que pareça sobrenatural, será um ser humano como outro qualquer (Ap 13.1-12), a Besta que subiu do mar. O espírito dele está no mundo (I Jo 2.18).Assim a Bíblia o intitula:
a) O príncipe que há de vir (Dn 926); b) O que vem em seu próprio nome (Jo 5.43);
c) Aquele que se assentará no templo de Deus (2 Ts 2.4);
d) O homem do pecado (2 Ts 2.3).
1. Sua identidade.
Sua revelação se dará na metade da semana de sete anos (três anos e meio) Dn 7.25; 9.27; Ap 13.5. Será o líder político espiritual mundial, o maior ditador que a Terra conhecerá, enganará aos homens (II Ts 2.9,10), e se oporá a Deus.ªserá um gênio em oratória (Dn 11.36);
ªserá um gênio empresarial (Ap 13.16,17);
ªserá um gênio político (Ap 17.11,12);
ªserá entendido em assuntos religiosos (II Ts 2.4).
2. Suas atividades.
O Anticristo tem como objetivo implantar o domínio de Satanás em todo mundo, a fim de que este seja transformado no Reino das Trevas. Vejamos algumas das suas atividades:
ªCriar uma religião, onde seja o Diabo reverenciado por todos os que,desprezando a verdade, apegaram-se a mentira (Ap 13.3,4,8).
ªEstabelecer uma economia fortemente centralizada, através da qual forçará os habitantes da Terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.17,18).
ªDestruir as bases da religião Divina, para que todos venham a crer nas suas mentiras (II Ts 2.4).
ªEnganar a Israel, fingindo ser o seu messias e, em seguida, destruí-la, numa tentativa sem precedentes de frustrar os planos de Deus com respeito ao estabelecimento definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra (Dn 9.27; Ap 12.12-17).
ªDestruir os que hão de converter durante a Grande Tribulação, objetivando desarraigar da Terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e Verdadeiro e ao seu Unigênito (Ap 7.9-17).
ªMultiplicar a iniqüidade no mundo, afinal o Anticristo é conhecido como o homem do pecado e o iníquo (II Ts 2.3).
ªControlará todas as nações, inclusive Rússia e o Oriente Médio ou Gogue e Mogogue (Ez 38;39).
3. Seu fim.
O momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo em Jerusalém, ele assim agirá:
ªOs judeus aceitarão o Anticristo como o seu messias (Jo 5.43);
ªA verdade será erradicada (II Ts 2.10,11);
ªSuspenderá os sacrifícios a Deus (Dn 9.27).
Quando esse último acontecer, será deflagrada toda ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém. Jesus voltará com poder e glória (Mt 24.30; Ap 19.11-18). O intento principal do Anticristo é a destruição de Israel, mas será este miraculosamente salvo por Deus (Zc 12.9; 14.2-5).
NOTA: Quase todo o livro de Apocalipse (6-22) é apenas uma ampliação da profecia predita de Daniel 9.24-27. Noutras palavras: Deus deu a Daniel um quadro geral dos eventos futuros relacionados a Israel, e a João deu detalhes.
COMPLEMENTO: “AS PROFECIAS DE DANIEL”.
As duas principais profecias do livro de Daniel
1 – A profecia do capítulo 2
Tratam do futuro do mundo gentílico, compreendendo os quatros últimos impérios mundiais:Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. No capítulo 2, esses últimos quatros impérios aparecem simbolizados sob um colosso, sendo cada império inferior ao que o procede. Isso, no sentido moral e político. Esses quatro últimos impérios do tempo dos gentios são:
1) Babilônia (Dn 2.32,37,38). Representando na estátua pela cabeça de ouro. (606-536 aC);
2) Medo-Pérsia (Dn 2.32,39). Representado pelo peito e os braços de prata. (536-331 aC);
3) Grécia (Dn 2.32,39). Representado pelo ventre e os quadris de bronze. (331-146 aC);
4) Roma (Dn 2.35,40-43). Representado pelas pernas de ferro, e os pés parte de ferro e parte de barro. (146 aC – 476 dC).
Alguns pormenores interessantes
a) A crescente inferioridade dos metais: ouro, prata, bronze e ferro com barro. Isto revela que o mundo não melhorará moral nem politicamente. É uma descrição bíblica da degeneração da raça humana alienada de Deus. É o quadro descrito em Romanos 1.18 e seguintes;
b) Os pés, parte de ferro e parte de barro (Dn 2.33; 41-43). Ferro e barro não se misturam! Não haverá “nações unidas” de fato. Houve um tempo na Europa que, não obstante os parentescos de seus monarcas, estavam estes sempre em guerra. Foram-se quase todos os reis, e veio a União Européia; a situação, porém, em nada foi alterada. Os ingleses continuam a não aturar os franceses, que desconfiam dos alemães, que não se dão com os italianos, que não aturam os espanhóis...
É justamente sobre bases tão frágeis que está sendo construído o Novo Império Romano.
c) Os dez dedos dos pés da imagem (Dn 2. 42;7.24;Ap 13.1; 17.12).
Pensava-se, de início, que seria ele formado por apenas dez nações. Hoje, porém, já são 25 os países que formam a União Européia. Como entender esta aparente contradição?
Na verdade, não são dez países; e, sim, dez regiões administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo Império Romano, ocupará não somente a Europa, mas também o Norte da África e o Oriente Médio. Com isso cada região administrativa será composta por mais de um país.
d) A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e a esmiuçou-a (Dn 2.34,35,44).
Ainda que o Império Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor. Daniel continua a descrever a ruína do Novo Império Romano, agora mostrando como aquele animal terrível: “Estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o animal morto? Pelo Filho de Deus! E, assim, recebe o Senhor Jesus o poder, a glória e a majestade.
2 – A profecia do capítulo 9.24-27
Tenhamos em mente que as 70 semanas são semanas de anos, compreendendo assim 70x7 anos = 490 anos proféticos. É bíblica a expressão “semanas de anos”: ver Lv 25.8; Nm 14.34; Ez 4.7. Aplicação prática de uma semana de anos: Gn 29.20,27.
Versículo 24
“Determinadas”- Terão seu fiel cumprimento, pois estão determinadas por Deus (as 70 semanas ou 490 anos proféticos). “Teu povo e tua santa cidade”, a profecia tem a ver com o povo da cidade de Daniel, isto é, os judeus, ao findar-se o período das 70 semanas proféticas. Isso em caráter nacional.
Versículo 25
“Desde a saída da ordem para...”- Aqui temos a indicação do tempo em que começaria a primeira semana. Essa ordem ou decreto acha-se em Ne 2.1-8, expedido por Ataxerxes no 20° ano do seu reinado, e entregue a Neemias para sua execução 445 aC.
“Até ao Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas” – Isso totaliza 69 semanas de anos = 483 anos. É o tempo que vai da reconstrução de Jerusalém pelos repatriados até a morte e ascensão do Messias, v.26.
Versículo 26
“Sessenta e duas semanas” - A isso se acrescenta mais sete semanas do v.25, o que completa 69 semanas até a morte e ascensão de Jesus.
“Será tirado o Messias”- ler Isaias 53.8.
“E não será mais”- ler Mt 23.39.
“E o povo do príncipe que há de vir”- Esse príncipe não é o mesmo do v.25, trata-se do Anticristo que surgirá no cenário mundial durante a 70ª semana.
“Destruirá a cidade e o santuário”- A cidade (Jerusalém) foi destruída no ano 70 depois de Cristo. O povo que a destruiu foi o romano, logo, do remanescente ou descendente desse povo é que deve proceder o Anticristo.
“E o seu fim será como uma inundação”- Isto é, o fim da cidade (Jerusalém) e seu santuário (Templo) será irresistível e esmagador,assim como foi quando Tito arrasou a cidade e seu povo.
“E até ao fim haverá guerra”- O tempo indefinido entre as semanas 69ª e 70ª não é contado como parte delas, como está bem claro mediante o exame dos vs26 e 27.
Obs: “E até ao fim..” já vai para 2000 anos, É o tempo em que a Igreja é formada, edificada, preparada e arrebatada da terra para o céu. Os eventos desse tempo não concernem a “sobre teu povo e tua santa cidade”v.24; por isso dele não trata Daniel.
Por que o tempo chamado “até o fim”, situado entre as 69° e 70°, não é contado quanto a Israel? É pelo fato de Israel, durante esse tempo, estar fora de sua terra (Canaã) atual Palestina, o que iniciou o retorno no fim do século XIX e início do século XX (1882-1905), a partilha da terra (1947), pela ONU, e com a fundação do Estado de Israel (1948) que se intensificou o reajuntamento do povo em Eretz Israel, mais o certo é que há ainda muitos milhões de judeus fora de sua terra.
Versículo 27
“E ele”- Trata-se do Anticristo.
“Firmará um concerto com muitos”- Os judeus aceitarão o Anticristo como seu Messias, ele irá promover uma falsa paz.
“Na metade da semana”- Nos últimos três anos e meio ocorre a Grande Tribulação propriamente dita, de que falou Jesus em Mt 24.
“Fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”- O Templo de Jerusalém estará então reconstruído. Ele romperá o concerto com Israel,irá blasfemar contra o Altíssimo e se declarará Deus.
“E o que está determinado será derramado sobre o assolador”- Essas palavras da profecia referem-se à derrota total e completa do Anticristo e seus exércitos confederados, ao descer Jesus em glória sobre o Monte das Oliveiras. A última semana culminará com a vinda de Jesus em glória com todos os seus santos para socorrer Israel, destruir a Besta e seus exércitos, e julgar as nações. Virá em seguir, o Milênio, que será uma preparação do mundo por mil anos sob o governo de Cristo, ao qual seguir-se á o Juízo Final. É com o Milênio que terá início o cumprimento das seis bênçãos de Deus sobre Israel, preditos em Daniel 9.24.
III. OS ANTICRISTOS NO MUNDO
“Se alguém vos anunciar outro evangelho
além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1.9).
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Destaque do Boletim Informativo
ª Não são poucos os mestres que, torcendo as Escrituras e vendendo a alma ao Diabo, tentam introduzir o mundo na Igreja, sob a alegação de que esta não pode viver alheia à modernidade. Ora, ser contemporâneo não significa compactuar com este século; significa antes de tudo, falar de Cristo, com ousadia e poder, a esta geração. influenciado.
1. Saíram do seio da igreja.
Desde os primórdios da Igreja, falsos mestres têm perturbado o povo de Deus disseminando heresias e feito desviar dos caminhos do Senhor muitos crentes ingênuos. O mesmo acontece hoje, eles buscam um auto-conhecimento, dizem ser portadores da verdade, dizem que o próprio Deus apareceu a eles em visão e os separou para abrir um Ministério e saem da igreja levando com sigo alguns do rebanho.
Precisamos estar alertas para não sermos engodados por ensinos errôneos.
2. Negavam a sã e principal doutrina.
Os falsos mestres não tinham o menor respeito por ninguém. Blasfemavam das coisas celestiais e não respeitavam as autoridades eclesiásticas. Eram presunçosos e não hesitavam em desafiar os homens ou até mesmo a Deus.
Não viam valor algum na morte de Cristo como expiação definitiva pelo pecado. Muitos deles afirmavam que a natureza humana de Cristo era ilusória, sua vida como homem era apenas ficção, e os sofrimentos de Cristo não foram reais, invalidando assim o valor da expiação por Ele efetuada.
3. Queriam enganar os fiéis.
Os falsos mestres nunca entravam numa comunidade dizendo aberta e claramente quem era e em que criam. Mostravam-se astutos, procurando firmar o pé antes de dizerem sua posição. Paulo também advertiu-nos a respeito daqueles que entram nas casas dos crentes para ensinarem outras doutrinas e desviarem famílias inteiras da verdade (II Tm 3.6).
Conclusão: A maioria dos sinais e das profecias, prenunciando o retorno de Cristo, já é uma realidade. O que dizer da criação do Estado de Israel? E as guerras e rumores de guerras? E as fomes? E as pestes? E as sucessivas catástrofes? Permaneceremos indiferentes à imoralidade que vai enlameando os lares? Lembre-se:“As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras da lei” (Dt 29.29).
