sábado, 2 de abril de 2011

O ENSINO DE JESUS SOBRE O PAI


A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

Mt 6.9-13

Não pretende ser a única oração do cristão, mas ela serve de modelo, pois é, sem dúvida, a melhor oração que existe. Na verdade, o Pai-Nosso é uma oração sucinta, mas, completa.


Pai-nosso, que estás nos céus - Assim sendo, logo de início, a oração do “Pai Nosso” nos ensina que podemos nos achegar a Deus como seus filhos amados. Para isso Ele nos deu o seu Espírito que habita em nós e gerando intimidade em nossos corações. (Gl.4:6 - E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!)

O nosso relacionamento com Deus como sendo o Pai, faz com que sintamos o amor do Pai para conosco, e invocá-Lo como Pai nosso que estais no céu, mostra uma profunda profissão de fé de que Deus está próximo e é verdadeiro Pai. O Deus que se relaciona com a sua criação a ama como um pai ama ao seu filho.

Aqui, Jesus nos ensina a chamarmos Deus de "Pai". A palavra "Pai" deve inspirar a nossa completa confiança em Deus. Pela fé em Jesus, nós somos feitos filhos de Deus, podemos confiar Nele e falar com Ele em oração. A palavra "nosso" nos ensina a vermos todos como irmão nos ensina também que Deus quer a nossa comunhão. Como filhos de Deus, somos todos iguais perante ele. Ele está nos céus. Esta expressão não quer dar a idéia de distância, mas de majestade, de poder e de glória.

Santificado seja o teu nome - Santificado quer dizer ser ou manter santo. O nome de Deus já é santo por si mesmo. Quando fazemos esta oração, entretanto, pedimos que o nome de Deus seja santo entre nós, por meio da honra e glória que prestamos a Ele, de nosso amor e da confiança que depositamos Nele todos os dias. Nossa ação como cristãos é que vai fazer com que o nome de Deus seja santificado entre nós. Por isso pedimos a Deus que Ele nos dê a capacidade de procedermos de acordo com a sua vontade. (Mt. 5.16)

Venha o teu reino - Aqui nós pedimos para que o Reino de Deus cresça em nossos corações, em nosso lar, em nossa igreja, e em todo o mundo. O Reino de Deus vem por si mesmo, mas aqui pedimos que o Reino de Deus atue entre nós e junto a nós, de modo que sejamos participantes deste Reino. Pedimos aqui que a obra de Cristo - seu sacrifício a nosso favor - tome efeito entre nós por meio de uma vida cristã conforme a vontade de Deus. Trata do Reino da Graça e do Reino da Glória. (Lc. 17.21)

Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu - Pedimos aqui que Deus capacite a todos nós, por meio da fé, para que possamos cumprir a vontade de Deus em nossas vidas aqui na terra, assim como ela é cumprida perfeitamente no céu. A vontade de Deus em primeiro lugar é que todos os seres humanos sejam salvos por meio da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Esta vontade é exatamente oposta à do diabo, do mundo e da nossa própria natureza pecadora (carne). Assim, pedimos que Deus vença em nós todos estes inimigos, fortalecendo e preservando nossa fé. (1 Ts. 4.3 e 1 Jo. 2.15).

O pão nosso de cada dia nos dá hoje - O pão nosso inclui tudo aquilo de que precisamos para sustentar o nosso corpo e a nossa vida, tudo o que torna as nossas vidas felizes e frutíferas. Aqui aprendemos que tudo o que somos e temos provém de Deus, tudo é um presente de sua mão graciosa. Pedimos tudo isto a Deus para depois sabermos reconhecer as suas bênçãos (Mt. 5.45 e Sl. 145.15,16). Com a palavra “nosso” também queremos lembrar que queremos obter o pão honestamente. Não queremos pão às custas dos outros. (Rm 8.32 e Mt. 6.25,26).

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores - Aqui nós estamos pedindo o perdão de todos os pecados que cometemos diariamente, inclusive aqueles que desconhecemos e não lembramos (Sl. 19.12) Também estamos nos comprometendo a perdoar a todos aqueles que pecam contra nós (Mc. 11.25,26). Tendo recebido o perdão completo e gratuito de Deus, nós somos estimulados pelo amor a perdoar também a todas as pessoas. (1 Jo. 1.8,9).

E não nos deixes cair em tentação - Aqui nós oramos para que Deus nos guarde e preserve, de modo que o diabo, o mundo e o nosso próprio pecado não nos enganem, ou nos levem à descrença, ao pecado e ao afastamento de Deus (Tg. 1.13,14). Queremos também lembrar que não devemos nos expor ao pecado. Deus às vezes permite que nos sobrevenham tentações para o bem com o objetivo de fortalecer a nossa fé (1 Co. 10.13 e Ef. 6.13)

Mas livra-nos do mal - Vivemos em um mundo pecaminoso, por isso estamos sujeitos a todo o tipo de males. Aqui pedimos que Deus nos dê forças para podermos suportar os sofrimentos desta vida e que Ele nos proteja, levando-nos a salvo para o lar eterno. (2 Tm. 4.18).

Pois teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre - Este é um grande final para uma grande oração. Nosso Pai Celestial é Deus Todo-poderoso. Ele pode e fará tudo o que prometeu. Nós estamos completamente seguros em suas mãos.

Amém - Sim, assim, seja, Senhor. (1 Ts. 5.17)

Assim sendo, logo de início, a oração do “Pai Nosso” nos ensina que podemos nos achegar a Deus como seus filhos amados. Para isso Ele nos deu o seu Espírito que habita em nós e gerando intimidade em nossos corações. (Gl.4:6 - E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!)

O nosso relacionamento com Deus como sendo o Pai, faz com que sintamos o amor do Pai para conosco, e invocá-Lo como Pai nosso que estais no céu, mostra uma profunda profissão de fé de que Deus está próximo e é verdadeiro Pai. O Deus que se relaciona com a sua criação a ama como um pai ama ao seu filho.

O amém mostra a esperança do povo na ação integral de Deus operada em nossas vidas. A oração do Pai-nosso começou na confiança de quem ergue o olhar para o céu donde nos vem a libertação, e, após passar pelas opressões humanas, termina

terça-feira, 15 de março de 2011

O ATLETA CRISTÃO

Texto: 1 Coríntios 9.24-27





INTRODUÇÃO: No Brasil o esporte mais popular é o futebol. Mas no tempo de Paulo o esporte mais preferido dos habitantes da cidade de Corinto era a corrida (v. 24) e a luta de boxe (v. 26).
Paulo usou a corrida e a luta de boxe para ilustrar o que é a vida cristã. Ele usou essa ilustração porque na cidade de Corinto, de três em três anos, havia os Jogos Olímpicos e esses jogos mobilizavam toda a cidade. Para alguém participar dos jogos devia treinar durante dez meses, fazer uma dieta especial e submeter-se a uma disciplina rigorosa. Ao final dos jogos, o vencedor recebia como prêmio uma coroa de folhas de pinheiro.
Paulo então compara a vida cristã com uma competição de atletismo. Nós somos atletas de Deus. A partir do momento em que experimentamos o encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo, somos convocados a participar da corrida da fé. Como atletas cristãos, corremos em busca do maior prêmio: a vida eterna.
O texto em consideração nos ensina que o atleta cristão:



1 – PRECISA EXERCER A AUTODISCIPLINA (vs. 25a, 27a)
Primeiro Paulo nos fala sobre a autodisciplina, o domínio próprio, o autocontrole. Qualquer atleta que deseja vencer uma competição tem que treinar diariamente, praticar exercícios físicos, fazer dietas apropriadas, abster-se de excessos físicos. Enfim, ele precisa ter autodisciplina - controle próprio.
Do mesmo modo, como atletas de Deus, precisamos disciplinar todas as áreas da nossa vida:



a) O atleta cristão precisa disciplinar o seu CORPO. No v. 27 Paulo estava lembrando-se da luta de boxe. Assim como o lutador espancava o corpo do adversário Paulo espancava o seu próprio corpo. Ele dirigia os seus golpes contra si mesmo, a fim de derrubar-se, visando o seu corpo, visando seus apetites carnais, que queriam derrotá-lo na sua vida espiritual. Ele mantia o seu corpo em submissão. Isto é autodisciplina. Todos os anos, no mês de fevereiro, os canais de televisão mostram homens e mulheres em cenas que envergonhariam até mesmo os habitantes de Sodoma e Gomorra. Aqueles corpos são usados para a carne, para o pecado, para a devassidão. Li tempos atrás a respeito de uma cantora que se dizia evangélica, mas que havia pousado nua para a revista Playboy. A Bíblia ensina que o corpo de um crente é para ser entregue a Deus: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). Quando não éramos crentes os nossos corpos serviam aos propósitos e desejos da carne, mas desde o dia em que aceitamos Jesus como nosso Salvador e Senhor, os nossos corpos não são mais nossos. Nós os entregamos a Deus, e eles passaram a ser templos do Espírito Santo. Isto é autodisciplina.



b) O atleta cristão precisa disciplinar a sua MENTE. Paulo diz: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra" (Cl 3.2). Satanás muitas vezes investe contra as nossas mentes com insinuações mal intencionadas. Devemos expulsar estas insinuações antes que elas nos vençam. Há um velho ditado inglês que diz que nós não podemos impedir que os passarinhos voem por cima das nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos em nossos cabelos. Isto é autodisciplina. Se você lê revistas pornográficas ou vê filmes pornográficos, você não poderá ter uma mente pura. Se o assunto da roda de seus amigos é imoralidade, você não poderá ter uma mente pura. As más conversas corrompem os bons costumes. Se você enche a sua mente de lixo, tudo o que a sua mente produzirá será lixo. Paulo diz que devemos encher a nossa mente de coisas boas: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" (Fp 4.8). Isto é autodisciplina.



c) O atleta cristão precisa disciplinar o seu TEMPERAMENTO. Tiago diz: "Todo homem seja... tardio para se irar" (Tg 1.19). Sabemos que não devemos nos irar, mas constantemente o fazemos. Como superar esse pecado? O mesmo Tiago responde: "Pelo que, despojando-vos de toda sorte de imundícia e de todo vestígio do mal, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas" (Tg 1.21). Tiago diz que devemos tirar de nós a roupa suja da ira e colocar a Palavra de Deus em nós. Porque quando eu deixo que as palavras do Senhor sejam guardadas dentro de mim e brotem no meu íntimo, então o meu caráter muda. Então o segredo para vencer a ira, o ódio, o temperamento descontrolado, está aqui: ter a Palavra de Deus enxertada no coração: "Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti" (Sl 119.11). Isto é autodisciplina.



d) O atleta cristão precisa disciplinar a sua LÍNGUA. Tiago diz: "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã" (Tg 1.26). Quanta fofoca no meio cristão! É triste que a igreja que deveria se mostrar ao mundo como um exemplo de relacionamentos pessoais seja uma comunidade, muitas vezes, com relacionamentos pessoais tão precários que chega a assustar. Davi fez a seguinte oração: "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!" (Sl 141.3). Como precisamos disciplinar o nosso falar! Certo pastor conta que certa vez dirigia uma reunião de crianças na varanda de uma casa onde havia um papagaio. Quando elas começaram a cantar, o papagaio as acompanhou. Do jeito dele e com as dificuldades dele, repetiu parte da letra com as crianças. O pastor ficou impressionado! Aquele papagaio era uma prova palpável de que naquela casa, constantemente, os moradores cantavam louvores ao Senhor; era uma prova de que aqueles cânticos foram repetidos inúmeras vezes ali, pois somente assim o papagaio aprenderia. Imaginem vocês se na casa de todos os crentes tivesse um papagaio! Já imaginaram na hora da visita pastoral? Seria um tal de esconder o papagaio ou mandá-lo para a casa do vizinho. Eu não duvido de que alguns papagaios saberiam os palavrões, os mexericos, as fofocas, as calúnias, as críticas destrutivas, os julgamentos precipitados, os defeitos de muitos irmãos da igreja... Você duvida? Por isso que Paulo disse: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem" (Ef 4.29). Isto é auto-disciplina.
Assim como o atleta dos Jogos Olímpicos precisava exercer auto-disciplina para vencer uma competição, nós também, como atletas de Deus, precisamos exercer auto-disciplina em todas as áreas da nossa vida. Precisamos disciplinar o nosso corpo, a nossa mente, o nosso temperamento, a nossa língua, e muitas outras coisas mais, se é que desejamos vencer na corrida da fé.



2 – PRECISAM TER O DESEJO DE VENCER (v. 26)
O atleta cristão precisa também ter o desejo de vencer. Paulo informa que, na posição de corredor, ele corria com um alvo definido. Na qualidade de lutador, ele tinha um adversário, que era Satanás. Ele dirigia os seus golpes contra Satanás, visando enfraquecê-lo e derrotá-lo. Em síntese, ele tinha um alvo definido, uma vitória a conquistar, o desejo de vencer. E ele sabia como fazer isto. Porque ele diz que não dava golpes no ar como se não tivesse adversário nenhum, como se não tivesse qualquer meta ou qualquer vitória a conquistar. Ele tinha o desejo de vencer
Seja nas entrevistas, seja na maneira como se dedicam nas competições, os atletas sempre revelam o desejo incontido de vencer. E, na tentativa de vencer, de conquistar a vitória, eles enfrentam mil perigos e contra-tempos. Mas nada os afasta daquele propósito que domina suas mentes. Eles possuem dentro de si o desejo de vencer. Em 1984 a atleta suíça Gabriele Andersen Scheiss lesiona sua perna na maratona de Los Angeles. A equipe médica a adverte que ela deve abandonar a prova, para que possa receber o atendimento devido. A atleta se recusa e continua correndo. Cinco minutos e quarenta e quatro segundos depois, Gabriele completa a prova, cambaleando. Ao cruzar a linha de chegada, desmaia de dor e exaustão. O mundo inteiro viu uma senhora participando da corrida. Ela não agüentava mais correr. Já estava cansada, encurvada, parecia que não agüentava dar mais um passo sequer. Mas por causa do seu desejo incontido de vencer conseguiu chegar na linha de chegada. Desmaiou. O sangue já estava saindo pelas pernas. É verdade, ela não ganhou o prêmio, ela não ficou em primeiro lugar. Mas alcançou o seu alvo, conquistou a sua vitória pessoal. Interessante que esta senhora ficou mais famosa no mundo inteiro do que a pessoa que ficou em primeiro lugar, por causa da sua perseverança, por causa do seu desejo incontido de vencer.Assim devem lutar também os atletas de Deus, os crentes em Jesus Cristo: pensando nas vitórias a serem conquistadas, seja na vida pessoal, seja na vida profissional, seja na vida familiar, seja na vida da igreja, seja na vida da denominação batista brasileira. Vitórias, vitórias, vitórias, para honra e glória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Quantas e quais as vitórias que você tem alcançado? Lembre-se: não há vitória sem luta, sem esforço.



3 – RECEBEM O PRÊMIO DA VIDA ETERNA (vs. 24, 25b)
O texto também ensina que o atleta cristão recebe o prêmio da vida eterna. No tempo de Paulo o prêmio era uma coroa feita de folhas da oliveira , que era altamente valorizada e cobiçada pelos atletas. Hoje, o prêmio é uma medalha de ouro para o atleta que alcança o primeiro lugar, uma medalha de prata para o atleta que alcança o segundo lugar, e uma medalha de bronze para o atleta que alcança o terceiro lugar, além de outros prêmios menores, mas todos significativos, nos Jogos Olímpicos.
E como deve ser emocionante o momento em que o atleta recebe o prêmio! Há alguns que nem conseguem conter as lágrimas. É o choro da vitória, pois, afinal de contas, de alegria também se chora.
Mas Paulo ensina que todos esses prêmios terrenos são obviamente temporários, passageiros e perecíveis. Paulo informa que o prêmio dos atletas de Deus, o prêmio daqueles que perseverantemente lutam em defesa do Evangelho de Jesus Cristo, em prol da extensão do reino de Deus nesta terra, é uma coroa muito mais valiosa, a saber, uma coroa incorruptível, uma coroa imperecível, uma coroa eterna, uma coroa dotada de valor infinito. Não há troféu comparável a este - o prêmio da vida eterna!
Paulo diz no v. 24: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio?" Paulo não está dizendo aqui que só uma pessoa receberá o troféu da vitória, mas que cada pessoa deve dedicar-se inteiramente à corrida. Por isso diz: "Correi de tal maneira que o alcanceis".



CONCLUSÃOConcluindo, em Ap 3.11 Jesus diz: "Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa". O fato de alguém entrar na corrida não significa que a vitória já está ganha. A coroa pode ser perdida. Por isso que Paulo diz: "Correi de tal maneira que o alcanceis".
Em Ap 2.10 Jesus diz: "Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida". A vida cristã exige esforço sério, disciplina, obediência às regras, treinamento, determinação, fidelidade, constância. Muitos começam bem a corrida, mas não vencem, não chegam ao alvo final, sendo desqualificados.
Sejamos fiéis a Jesus, meus irmãos! Sejamos verdadeiros atletas de Cristo, atletas disciplinados, atletas que possuam o desejo incontido de vencer, o desejo de receber o troféu da vida eterna. Amém!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Expansão do Reino Davídico


Lição 07

II Samuel 5.6-10





INTRODUÇÃO: Davi, homem de Deus que com esforço próprio estabeleceu o reino glorioso de Israel, é somente a prefiguração pálida do Filho de Davi, Jesus Cristo, que virá outra vez para agir com poder muito maior e estabelecer o reino mundial cuja glória não terá limites. A tradição atribui a Davi uma excelente combinação de potência espiritual, juntamente com perspicácia militar, um personagem apaixonado.

Objetivos da Lição:
*Relatar a importância da cidade de Jerusalém para Israel e para Igreja; *Reconhecer que todo reino bem-sucedido suscita reações distintas;
*Identificar o legado de Davi para a história bíblica e para a Igreja.


I - A Nova Sede de um Novo Reino


1. Jerusalém e a sua posição estratégica. Davi investiu contra Sião, (Jerusalém), lutando contra os jebuseus, e a tomou, e fez dela sua cidade, a cidade de Davi, e a edificou, reformou e construiu fortalezas ao seu redor desde Milo até o seu interior. Uma particularidade, é que Davi usou de um estratagema para conquistar Sião, sem ter que destruí-la. Pois os jebuseus haviam aberto um canal que transportava água desde o que se conhece por tanque de Siloé para dentro da cidade. Então Joabe juntamente com poucos soldados, entraram na fortaleza, e por este ato de bravura foi então conclamado Capitão do exército de Israel.


2. Jerusalém e sua importância histórica.
2.1-
A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do Antigo Testamento. Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5,11,21; 14.23,24). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o templo de Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, “a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”. Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos” (Dt 16.16).


2.2 - A importância de Jerusalém para a igreja cristã: Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali Jesus foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no Pentecostes (At 2). A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de Jesus Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8). A igreja de Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em Jesus tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At 15.1-31; Gl 2.1-10).


2.3 - A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel no futuro, a desempenhar no reino milenar de Deus. Isaías 65.17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra”, e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do capítulo 65 trata das condições do milênio. Quando Cristo voltar para estabelecer o seu reino milenar (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá a nova terra como a sede do reino eterno de Deus (Ap 21.2).Os livro do Novo Testamento reiteram boa parte do significado da Jerusalém do Antigo Testamento, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava mais aqui na terra mas no céu, onde Deus habita e Cristo reina à sua destra; de lá, Ele derrama as sua bênçãos; e de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é a nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica a respeito que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 22.3).


II. Um Reino Crescente Desperta Inimigos


1. Um período de conquista. Os próprios Jebuseus diziam a Davi: Não entrarás aqui...(IISm 5.6). Observe que sendo Davi um guerreiro, estava sendo desprezado a ponto de dizerem que seria vencido por cegos e coxos, pessoas que eram limitadas em seus movimentos. Os jebuseus desdenhavam de Davi, porque pelo histórico Jerusalém jamais seria conquistada, entregue nas mãos dos judeus. As muralhas de Jerusalém eram altas, Deus então dá a estratégia de conquista de Sião., existia um aqueduto, tubulação de água, o lugar onde entra água para a cidade. Era um lugar até então desconhecido por muitos eles fizeram uma barragem e que diminuiu o nível da água e ao invés de entrar por cima, entraram por baixo.


2. Reconhecimento lá fora. Davi empreendeu uma série de guerras e, pela primeira vez, Israel passou a ter as fronteiras que lhe haviam sido prometidas por Deus a Abraão, dominando desde a Síria, cuja fronteira era o rio Eufrates, até o Mar Mediterrâneo, onde habitavam os filisteus (Dt 11.24; II Sm 8; I Cr 18). Quando Davi foi constituído rei de Israel, na idade de trinta e um anos, Hirão enviou mensageiros com madeira de cedro, carpinteiros e pedreiros que edificaram a Davi uma casa. Sendo um homem que sempre aguardou o momento de Deus para o cumprimento das promessas, foi o primeiro a ser usado por Deus para que se cumprisse a promessa de concessão da totalidade de Canaã para Israel. Como vale a pena esperar em Deus e crer nEle, submetendo-se à Sua vontade! Em reconhecimento à fidelidade e à sincera e genuína adoração do rei, o Senhor dá a Davi a promessa messiânica, ou seja, promete que não faltaria varão sobre o trono de Israel da casa de Davi, caso sua linhagem mantivesse a fidelidade apresentada pelo fundador da dinastia (II Sm 7.16). Esta promessa foi além mesmo da história política de Israel, sendo prometido que o Salvador da humanidade viria da linhagem de Davi. O Messias, desde então, passou a ser reconhecido como sendo o Filho de Davi e, efetivamente, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seria descendente deste rei. A humildade de espírito fez o Senhor exaltar a Davi, tornando-o o ascendente do próprio Messias.


III. Novo Reino, Novos Alvos a Alcançar


1. Adoração ao Senhor. Davi levantara uma tenda para a arca repousar sob sua sombra em Jerusalém. E estava planejando o louvor e a adoração 24 horas diante da presença do Senho. Entretanto toda essa alegria transformou-se em frustração e grande tristeza. Nessa primeira tentativa de trazer a arca, Davi não buscou saber a vontade de Deus nas Escrituras, para conduzir a arca da maneira correta, isto é, nos ombros dos sacerdotes. Mas ele havia planejado traze-la da mesma forma que os filisteus fizeram: sobre um carro novo de bois… Os bois tropeçaram no caminho e Uzá, um jovem levita tentou segurar a arca para não cair, e então, ele foi fulminado nesse exato momento pelo Senhor.Um grande temor se apoderou de todos os daquela “procissão solene”. Deus exigia que sua palavra fosse cumprida: não seriam os bois que conduziriam a arca. E, nesse temor, a arca fora deixada na casa de Obede-Edom.


2. Um projeto de construção. Este cuidado de Davi para com as coisas de Deus, representadas, ao seu tempo, pelos utensílios do tabernáculo, que praticamente faz se mudar para Jerusalém, mostra que um homem segundo o coração de Deus é alguém que dá prioridade às coisas de Deus, às “coisas que são de cima” (Cl 3:1,2). Este interesse primordial de Davi é que iria levá-lo à ideia de construir um templo ao Senhor, ideia que o Senhor aprova, mas que determina seja executada pelo seu sucessor, pois ele havia sido um homem de guerra, o que não impediu que Davi iniciasse a obtenção dos materiais para esta construção e deixasse plenamente organizado o serviço de louvor que funcionaria no templo (I Cr 22-29).
O filho de Davi, Salomão, um homem de paz iria construí-lo. O templo é uma outra imagem de Cristo, em toda a Sua formosura, magnificência, solidez, indestrutibilidade e poder. Cristo, no futuro - isto é, durante o milênio. Mas Davi prepara todo o material. Assim foi com Cristo, tudo já está pronto para o dia de Sua glória na Terra no milênio.
Conclusão: Davi grande conquistador, estamos diante de um homem que marcou a história. Davi não marcou só a sua geração, mais é um marco na história. Se estudarmos a história encontraremos grandes conquistadores, grandes heróis e generais, mais nenhum conquistador, general ou rei conquistou como Davi conquistava. Davi tinha uma unção de conquista que o distinguia de todos os outros. A grande diferença é que estas conquistas destes homens famosos não existem mais, a de todos os conquistadores se esvaíram com o tempo, mais Davi não, as suas conquistas marcaram porque conquistou com Deus e por isso marcou nossas vidas.


Deus vos abençoe!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Davi Unifica o Reino de Israel

















Lição: 06
I Samuel 16.1,12,13;
II Samuel 5.2

INTRODUÇÃO: Davi foi o grande Rei de Israel. Unificou o país, estabeleceu as fronteiras, praticou a justiça. Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele, a exaltação do homem por parte de Deus é algo muito almejado pelos cristãos. No entanto, alguns princípios merecem ser observados neste processo. É claro, não podemos nos esquecer que, a exaltação se dará sempre após a provação e aprovação do cristão autêntico


Objetivos da Lição:

Explicar a importância da unificação do reino de Israel por Davi;
Refletir acerca dos problemas que a divisão pode trazer para qualquer instituição;
Identificar a relevância do culto ao Senhor para Davi e as consequências disso para o êxito de seu reinado.


A Monarquia Ameaçada
1. O nascimento e a morte de um sonho. Devido a exigência do povo, o Senhor selecionou um rei para Israel (1Sm 8). Até essa altura, o povo era governado por Juízes a quem o Senhor capacitava. O último juiz a julgar e governar o povo foi o profeta Samuel. Perante este dilema, Samuel ora a Deus dizendo-Lhe que o povo quer um rei. A resposta de Deus é: “E disse o Senhor a Samuel: ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” (I Sm 8.7).Ele escolheu Saul, um homem belo de uma família militar. Saul, estava procurando as jumentas extraviadas de seu pai quando Samuel o ungiu, ficou perplexo (1Sm 9). Sua timidez fê-lo esconder-se, quando sua escolha foi anunciada publicamente (1Sm 10.21-22). Saul reinou bem, no princípio, mas gradualmente sua autoconfiança cresceu e sua confiança no Senhor diminuiu. Infelizmente o povo quis copiar as nações vizinhas, tal como hoje a igreja é muitas vezes influenciada pelo mundo e não pelo Espírito Santo. (Saul significa: Pedido)


2. O trágico fim de Saul. Saul teve todas as condições dadas por Deus para reinar sobre Israel. “... Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia.” (I Sm 10.6,7,9,11), foi usado por Deus. (I Sm 10.7,10; 11.6),teve muitas vitórias. (I Sm 11) Apesar de tudo isto, a vida de Saul irá ser marcada por uma sistemática desobediência a Deus e por um afastamento gradual devido à sua falta de temor do Senhor. Saul não se humilhava perante o Senhor quando pecava. Essa atitude levou a que Deus o rejeitasse ao ponto de Samuel ser repreendido por orar em seu favor: “Então disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?” (I Sm 16.1). Saul, sem forças para se arrepender, caminha para o fim - o suicídio. “...Então Saul tomou a espada, e se lançou sobre ela.” (I Sm 31.4). Neste exemplo terrível, vemos quão perigoso é para todos os que um dia experimentaram o poder de Deus, voltar atrás; e quão difícil é retornar à comunhão e intimidade com o Senhor (Hb 6.4-6). Deve ter sido muito difícil para Davi vencer a tentação de dar vazão a sua ira. Por causa das ações de alguém extremamente poderoso como Saul, ele foi forçado a viver em cavernas e em encostas de montanhas, alimentando-se quando encontrava comida, e até mesmo acampando entre os inimigos de Israel. De algum modo, Davi nunca deu vazão a sua ira. Talvez tudo o que Davi experimentou nas mãos de Saul o tenha ensinado a desenvolver a paciência necessária para governar o povo de Deus.


O Reino Abalado
1.
Do exílio ao trono. A morte de Saul e Jônatas abriu o caminho para a ascensão de Davi ao trono de Judá e Israel. Apesar dos anos de exílio, Davi tinha muita popularidade, havia protegido os interesses dos proprietários de terras e partilhava com eles os despojos obtidos nas guerras contra os inimigos de Israel (1Sm 30.26-31). Sob a orientação divina, Davi deixou as terras dos filisteus e foi para Hebrom, onde foi ungido rei da tribo de Judá (2Sm 2.1-4). Davi teve de esperar ainda cerca de sete anos e meio antes de reinar sobre toda a nação de Israel (2Sm 5.5). Enquanto isso: Abner, comandante do exército de Saul, conduziu Isbosete, o fraco filho de Saul, ao trono sobre as tribos do Norte (2Sm 2.8-10);Israel e Judá estiveram envolvidos em uma guerra civil, da qual Davi saía cada vez mais fortalecido e Isbosete cada vez mais enfraquecido (2Sm 3.1).


2.Um reino sem aprovação divina. Para substituir Saul não ficara ninguém válido a não ser seu último filho Isbosete. Com efeito, Abner refugiou-se com ele em Manaim, na Transjordânia, e de lá pretendeu que fosse dada continuidade ao governo de Saul através do fraco Isbosete. Foi só uma pretensão, realmente. Enquanto isso, Davi dirigiu-se com seus homens para Hebron e, com o consentimento dos filisteus e o apoio da população do sul, tornou-se o líder de Judá (2Sm 2.1-4). Isbosete (homem da vergonha), o filho mais novo de Saul, permaneceu apenas dois anos no governo de Israel. Quem dá os líderes é Deus, ele não tinha as qualidades necessárias para ser um bom rei. Isbosete foi traído por Abner, o mesmo que o tinha conduzido ao trono (2Sm 3.6-12); Quando Abner morreu, nas mãos de Joabe, comandante do exército de Davi, Isbosete “perdeu a coragem, e todo o Israel ficou alarmado” (2Sm 4.1); Baaná e Recabe, ambos líderes do exército de Isbosete, conspiraram contra Isbosete e assassinaram-no em sua própria cama (2Sm 4.2,5-8);Quando os assassinos de Isbosete levaram a sua cabeça a Davi, esperando obter algum tipo de recompensa, este mandou matá-los, como castigo por assassinarem um homem inocente (Sm 4.9-12).


III. A Monarquia Restaurada
1.
A unção real. Davi foi finalmente ungido sobre as doze tribos de Israel (5.1-5; 1Cr 11.1-3). Com isso, deu-se início ao processo no qual, Israel deixou de ser uma confederação de tribos desunidas, para tornar-se uma nação unificada e poderosíssima. Um poderoso exército se forma para aclamar Davi rei em Hebrom, sob todo Israel. Havia também todo o resto de Israel que era unânime que deveriam fazer de Davi rei de Israel (1 Cr 12.38). “Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos”2 Sm 5.1-3; 6-12; 18-25, A unção de Davi foi uma ordem dada por Deus a Samuel (I Sm 16). Essa unção era a promessa do trono e, mesmo tendo sido realizada recinto familiar, tornou-se conhecida e respeitada por todo Israel, que, no tempo devido reconheceu ser Davi o escolhido de Deus para assumir a nação, (II Sm 3.18).


2.Restaurando o culto. É triste olhar para a vida de alguém que recebeu tantas oportunidades, tendo-as desperdiçado por não sentir falta de Deus. É triste olhar para o monarca ungido por Deus possuído por uma casta de espíritos que roubava o seu sono,intranquilizando-o e levando-o a um estado de depressão profunda. Apenas o dedilhar de uma harpa do homem que sentia falta de Deus, era suficiente para que os espíritos se retirassem de Saul. É deprimente ver que um homem tão poderoso tenha gasto os últimos dias da sua vida perseguindo o pequeno Davi, homem segundo o coração de Deus. A vida dos que não sentem falta de Deus sempre termina com dias trágicos (“...tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela”(1 Cr 13.3). Arca estivera ausente, ela era o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo,durante o período do reinado de Saul ela não estivera lá, e ninguém dava falta... Foi sua primeira atitude, foi sua primeira ação. Ele sentiu falta da presença de Deus no meio do povo. Este grande movimento indica o grande prestígio que Davi tinha dentre o povo de Israel, e isto fez ele para que as tribos ficassem unidas, e não desunidas como estavam ainda no tempo de Saul. Pois durante o reinado de Saul, nem todos os Israelitas, consentiram em serem vassalos de um rei, como por exemplo os rubenitas e os levitas.


SUBSÍDIO: COMO MORREU SAUL?
(I Samuel 31.4)
- “Então disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela, para que porventura não venham estes incircuncisos, e me atravessem e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de armas não quis, porque temia muito; então Saul tomou a espada, e se lançou sobre ela.”Essa narração terminou por ai, talvez o escritor de I Samuel, não soube o término da morte de Saul, apenas soube esse fato narrado e após ter sabido de sua morte de fato, concluiu que foi por si só, afinal, se lançar sobre uma daquele tamanho arma, mataria tranquilamente qualquer pessoa. Saul resistiu incrivelmente por mais algum tempo, mas estava em agonia de morte.(II Samuel 1.9) - “Então ele me disse: Peço-te, arremessa-te sobre mim, e mata-me, porque angústias me têm cercado, pois toda a minha vida está ainda em mim.”O jovem descreveu que viu Saul sobre a arma, pendurado em agonia:(II Samuel 1.6) - “... e eis que Saul estava encostado sobre a sua lança...” Também há mais duas diferenças na narração.• Em I Samuel 31.6, está escrito que Saul morreu mais seus três filhos e em II Samuel 1.4 diz que Saul e Jônatas morreram.• Em I Samuel, está escrito que Saul se lançou sobre sua espada e em II Samuel diz que foi sobre uma lança. (ler também 1Crônicas 10.1-14)Essas diferenças de narração se dá ao fato dos escritores teres sido provavelmente diferentes, I e II Samuel foi escrito por talvez mais de uma pessoa. O escritor de II Samuel, provavelmente teve mais detalhes sobre a morte de Saul e os narrou na sua escritura. Levando-se em conta que o amalequita exagerou em sua participação no fato, acreditando que obteria uma recompensa. Observação:Sobre os escritores dos livros de I e II Samuel:Fonte: Bíblia de Estudo das Profecias (Sociedade Bíblica do Brasil)I Samuel - O AUTOR:O autor de 1 e 2 Samuel é anônimo, mas a tradição judaica do Tamulde diz que ele foi escrito por Samuel. É possível que ele tenha escrito a primeira parte do livro, mas o registro da sua morte em I Samuel 25.1 deixa claro que ele não escreveu o conteúdo total dos livros. Samuel realmente escreveu um livro (10.25), e havia registros escritos disponíveis. Como chefe de um grupo de profetas (10.5; 19.20). Samuel é o candidato à autoria por natureza.1 Cr 29.29 se refere crônicas registradas por; Samuel, o vidente, pelo profeta Natã e por Gade, o vidente. É evidente que estes três homens contribuíram para estes dois livros, e é bem possível que um único compilador, talvez um membro da escola de profetas, tenha usado estas crônicas para compor o Livro de Samuel. Isto também fica implícito pela unidade de plano e propósito e pelas transições suaves de uma seção para outra.II Samuel - O AUTOR: Este livro foi escrito, provavelmente, pelo homem que compilou as crônicas do profeta Natã e do vidente Gabe (1 Cr 29.29). Além dessas fontes escritas, o compilador evidentemente fez uso de outra fonte, chamada de o Livro dos Justos(II Samuel 1.18).


Conclusão:O governo de Davi trouxe um desenvolvimento inimaginável para Israel, e suas realizações foram inigualáveis. Outros homens da história demonstraram habilidades administrativas e militares, mas Davi é maior que todos pela amplitude e abrangência de suas habilidades. Para coroar tudo isso, Davi é um dos grandes heróis da fé.




(O brasão de armas de Jerusalém é um emblema da cidade e do município. Foi instituído em após 1949 concurso oficial. O emblema do município foi publicado na gazeta oficial Rashumot a 13 de Novembro de 1958. O leão alude ao Leão de Judá; a parede ao fundo - o Muro das Lamentações; os ramos de oliveira , paz; e a inscrição acima do escudo, o nome da cidade em Hebraico.)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL - VIVENDO COM SABEDORIA



Lição 3

I Samuel 16.18; 18.2-5,13,14



Introdução: A grande vitória sobre Golias teve uma consequência valiosa. A crise tornou-se a oportunidade que Davi teve para ser conhecido por sua nação. Sem aquele episódio, ele continuaria sendo apenas mais um súdito anônimo no reino de Saul. Matar o gigante foi seu primeiro passo público em direção ao trono. Precisamos encarar de modo mais positivo as tribulações e desafios que nos sobrevêm. Eles são nosso passaporte para posições mais altas.


Objetivos da Lição:
*Descrever as principais qualidades e virtudes de Davi;
* Identificar a razão do carisma de Davi diante de Jônatas, do povo e dos servos de Saul;
* Reconhecer a habilidade de Davi para administrar conflitos.


I. AS QUALIDADES E VITUDES DE DAVI
1. Um homem talentoso. Acima daquilo que se diz a respeito do servo de Deus, importa o que ele, de fato, é. Percebemos, no episódio, alguns traços importantes do caráter de Davi. Ele era submisso e obediente ao seu pai, era trabalhador, cuidando das ovelhas(I Sm 16.11). Estava disposto a servir, levando o alimento para seus irmãos, era corajoso, pois não se negou a correr riscos indo ao campo de batalha(I Sm 17.17,20,21). Era solidário e participativo.


2. Um homem com muitas habilidades. Algumas virtudes, habilidades e qualidades de Davi são imprescindíveis à igreja nos dias atuais:
a) Músico. A palavra de Deus diz que o Senhor procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23). Davi era adorador. Podemos ver isso nos lindos salmos que o Espirito de Deus deu a Davi. Adoração não é somente cantar, mas viver uma vida de intimidade com o Pai todos os dias. Pelos inúmeros salmos podemos ver que ele passava um bom tempo com o Senhor. Davi era cantor, porém ele não era conhecido apenas por isso, mas porque o Senhor era com ele (I Sm 16.18). Davi louvava o Senhor em todo tempo, não somente nas suas vitórias (Sl 34.1). Muitas vezes os cristãos louvam a Deus de lábios, mas seu coração está longe, pois em vão O adoram (Mt 15.8,9).


b) Forte. Não foi a força, rapidez, agilidade, etc... De Davi que fez cair Golias por terra, mas sim um coração quebrantado pelo zelo e temor ao Deus dos exércitos.


c) Valente. Davi era um homem experimentado. Já tinha agarrado um leão pela barba e matado um urso (v. 34-37). Davi tinha noção espiritual acima das guerras terrenas.


d) Homem de guerra. Davi sabia que Deus era com Ele. Davi não ouvia o que o homem diria. Eliabe seu irmão mais velho o criticou por ter deixado as ovelhas para "ver a guerra". Na verdade ele não veio para ver a guerra, mas para ir a guerra. Saul também disse: "Você é muito jovem pra encara-lo , pois ele é homem de guerra desde a mocidade (I Sm 17.33). Davi tinha convicção em Deus. Davi teve personalidade quando não ouviu "palavras de homens", teve personalidade quando testemunhou suas vitórias em Deus. Mal sabiam,seus compatriotas, que Davi também era homem de guerra e destemido,desde a infância, mas que sua guerra primeiramente atingia o plano espiritual (I Sm 16.18).


e) Sisudo em palavras. Davi era diligente e cuidadoso, prudencia foi uma marca em sua vida na corte. Após a sua vitória sobre Golias todos o admiravam, e Saul intentava matá-lo a qualquer custo, mas Davi não busca vanglórias sempre agiu com humildade.


f) Boa aparência. Beleza não é fundamental, Davi não vivia de aparência em I Sm 16.6,7 Eliabe foi rejeitado pelo SENHOR. Eliabe era um crítico inveterado, crônico. Ele não dava pausa. Estava sempre buscando uma ocasião para atingir Davi. Em vez de lutar pelos seus próprios sonhos, buscava destruir os sonhos do irmão. As virtudes de Davi incomodavam Eliabe. A resposta de Davi revelam a personalidade doentia de Eliabe: “Que fiz eu agora?”(I Sm 17.28,29). Davi já estava acostumado com as palavras cheias de veneno de Eliabe. Palavra chave na vida de Davi comunhão.


g) O Senhor era com ele. Por ter intimidade com o Senhor, Davi sabia que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14). Também aqueles que temem a Deus o Senhor os livra. Diz a palavra que: Os anjos do Senhor acampa ao redor daqueles que O temem e os livra (Sl 18.1,2). Davi venceu em Deus, porque na sua retaguarda havia um exército bem maior do que aqueles que ele possuía. Poucos sabiam que a força de Davi não estava nos seus braços, mas nos seus joelhos. Sua força não estava no seu braço forte, mas nas mãos do Deus Todo-Poderoso.


II. O TALENTO DE DAVI NA CORTE
1. Davi como escudeiro do rei. Não importa o que você faça, faça-o com dedicação. Torne-se um especialista na sua área. Os medíocres não se esforçam, não trabalham arduamente, não se preparam, mas também não vencem os gigantes. Muitos líderes surgem no vácuo dos líderes que fracassam. Davi ousou ser diferente e fazer diferença.


2. Como comandante das tropas. Bastou que os soldados medrosos de Saul vissem um líder em posição de combate e disposto a vencer, para que um novo ânimo tomasse conta de todos (I Sm 17.52). Precisamos de modelos. Precisamos de referências. Precisamos de líderes que inspirem outros a saírem do comodismo. Precisamos de pessoas que mexam com os nossos brios e nos desafiem a sair do marasmo. O verdadeiro líder é aquele que desperta outros a segui-lo. Não há líderes solitários. Os líderes começam sozinhos, mas nunca terminam sozinhos. Atrás deles há um exército que se levanta da mediocridade e empunham as armas da vitória.


III. O CARISMA DE DAVI NO PALÁCIO REAL
1. Nos relacionamentos.
Davi era fiel para com os seus, mesmo quando perseguido. Davi mesmo sendo perseguido por Saul foi fiel até a morte para com este. Vemos isso em sua amizade com Jônatas. Diz que a amizade dos dois era tão grande, que excedia o amor de mulheres (I Sm 1.26). Ser fiel a alguém demonstra também o nosso amor. A palavra empregada para este amor em hebraico é ahavá ou seja, doar-se. Davi era fiel para com seus e para com Deus. Por isso ele era segundo-o-coração-de-Deus.


a) O filho do rei. O homem segundo coração de Deus tem comunhão com os outros. Faz uma amizade abençoada… Jônatas livrou Davi de Saul que o perseguia…O homem segundo o coração de Deus é amigo, fiel, fácil de se relacionar – Mas o homem que não é segundo o coração de Deus é amargo, superficial, complexado, preconceituoso, falso, difícil, solitário, não relaciona-se com ninguém. Com quantas pessoas você se relaciona, uma amizade profunda, amiga, fiel, sem preconceito.


b) Todo o povo. O jovem “era benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos de Saul” (1 Sm 18.5). Por que Davi era o amado de todo o mundo? Por causa de sua simpatia, da sua simplicidade, da sua coragem, do seu caráter, da sua “boa aparência” (1 Sm 16.12 e 18, 17.42)e

por dedilhar tão bem a sua harpa ( 1 Sm 16.18). Davi gerava confiança nos outros, a tal ponto que “ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito” (1 Sm 22.2). Inicialmente eram 400 pessoas. Esse número elevou-se pouco depois para 600 homens (1 Sm 23.13, 27.2, 30.9).


c) Servos de Saul. Vencedores de gigantes não exaltam a si mesmos, sua simplicidade fazia com que todos se identificasse com ele. Ele não buscava glórias para si. Ele não era soberbo, não buscava os holofotes nem era amantes das luzes da ribalta. Davi sabia que tudo provém de Deus. Que dele, por meio dele, e para ele são todas as coisas.


2. Para administrar conflitos. Davi apesar de já ser Rei, continuou sendo a mesma pessoa. Não vislumbrou seu reinado ser maior do que de Deus. Em algumas igrejas, muitos ministros "se acham" mais poderosos que Deus. Davi sabia que a humildade resultava como a única posição de autoridade em Deus. Ele acatava os conselhos de Samuel, de seu pai e de Saul. Davi poderia matar Saul, mas não o fez.


Conclusão: Davi mostrou ser digno de confiança. Se queremos ser segundo o coração de Deus, devemos saber ser dignos de confiança em Deus. No seu longo período de provação, aprendeu a esperar no Senhor e a deixar por sua conta qualquer vingança pessoal. Enquanto o castigo amargurou Saul e levou à violência egoísta, em Davi produziu brandura e bondade de coração (Sl 78.70-72).


DEUS VOS ABENÇOE, BOA AULA!

DAVI ENFRENTA E VENCE O GIGANTE



Lição 2 I Samuel 17.43-49


INTRODUÇÃO: O povo filisteu foi um dos maiores inimigos de Israel no período do Antigo Testamento. A Filístia era habitada por descendentes de Cão, filho de Noé (Gn 10.14). Em virtude da maldição que pesava sobre eles, seu território se tornou parte da terra prometida por Deus a Israel (Gn 9.25). Este era, portanto, o maior motivo das guerras entre as duas nações. O rei Saul, embora fosse o israelita mais alto (I Sm 9.2), era incapaz de derrotar o gigante. Como se poderia compreender aquela situação? O povo de Deus estava sendo afrontado por uma nação ímpia. A explicação é que Israel não destruiu os filisteus na época de Josué, conforme a ordem de Deus (Js 13.1,2). Aquilo que não resolvemos no tempo certo acaba crescendo e se tornando um problema gigante. Em meio àquela situação difícil, Davi se prontificou para combater o filisteu.



Objetivos da Lição:
* Entender o contexto do conflito entre Davi e Golias;
* Associar o desafio de Davi a Golias, à luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o Diabo;
* Conscientizar-se de que, assim como Davi, devemos resistir o inimigo e vencê-lo por Cristo.



I. OS INIMIGOS DO POVO DE DEUS
“Gostaríamos de não encontrar gigantes pelo caminho, mas, se não encontrássemos, também não teríamos grandes vitórias na vida”.
1. Inimigos numerosos. Os filisteus um dos "povos do mar" repelidos pelo Egito, haviam ocupado uma fértil faixa costeira no sudoeste da Palestina. Isto aconteceu por volta de 1150 a.C. Os filisteus formaram uma confederação de cinco cidades: Gaza, Asquelon, Asdode, Gate e Ecron, porque viam em Israel uma ameaça às suas rotas comerciais ou por algum outro motivo, os filisteus avançaram com um exército organizado contra os agricultores israelitas. Usavam armas de ferro, metal que sabiam trabalhar bem e perigosos carros de combate, além de possuírem uma longa tradição militar. Por volta de 1050 a.C. os filisteus atacam e vencem os israelitas perto de Afeca, na região norte. De acordo com 1Sm 4, a Arca da Aliança, levada pelos sacerdotes de Siló para o campo de batalha, como última esperança, foi capturada, os israelitas derrotados (I Sm 4.5-11). Os gigantes existem. Eles estão espalhados por toda a parte. São numerosos e opulentos. Uns são reais, outros fictícios. Uns nos atacam por fora, outros por dentro. Muitos gigantes existem apenas em nossa imaginação. Nós os criamos e eles se tornam mais fortes do que nós. Eles pensam que são invencíveis. Eles revelam quem somos: covardes ou corajosos, revela uns a abate outros; promove uns e derrota outros; desmascara os covardes e aponta os heróis. É do útero da crise que despontam os grandes vencedores.



2. Inimigos poderosos. Os filisteus não ocuparam todo o país, mas posicionaram-se em postos estratégicos, cortando as comunicações entre os vários grupos israelitas. Além do mais, proibiram (monopolizaram) o trabalho em metal em todo o território israelita (I Sm 13.19-21), o que equivalia a um desarmamento geral do povo e à sua dependência dos filisteus até mesmo para os trabalhos mais elementares da agricultura - e saqueavam os produtos de boa parte do país. Samuel tentou por todos os meios levantar e organizar o povo para uma luta de libertação, só que em vão. “E saberá toda essa congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (I Sm 17.47), a força e o poder da fé são manifestos através da confiança em Deus, Davi sabia que sua luta contra Golias não era física e sim espiritual (Ef 6.10).



II. O INIMIGO DE DAVI
1. Amedrontava por seu tamanho. Segundo a Bíblia, possuía a altura de seis côvados e um palmo (3,20 metros). No combate que teve contra,Davi usava uma cota de malha que pesava 5000 ciclos (57 kg). Como Davi era um rapaz ainda, provavelmente só a cota de malha de Golias já atingia seu peso. Mas Davi ainda tinha que lutar com um gigante que carregava um grande escudo para proteção e uma lança, cuja ponta metálica pesava 600 ciclos (6,8 kg). Golias trajava uma armadura cheia de escamas, por onde não penetrava espada. Ele usava caneleiras, capacete e um dardo no ombro e uma lança na mão. Além disso, um escudeiro ia à sua frente para lhe proteger. Todo afrontador conta com aquilo que aprendeu; herdou; está acostumado; treinado ou estudado e nisso ele se apoia e espera que nunca vá errar perder. Não, ele jamais imagina que haverá alguém ou algo que possa eliminá-lo. Diferente de Davi que dependia somente do poder do seu Senhor, Davi mostrou aos filisteus que não se ganha as guerras do Senhor com coisas terrenas, mas sim com armas divinas, celestiais que são poderosas para destruírem fortalezas.



2. Amedrontava por suas armas e discurso persistente. Golias desafiou os exércitos de Israel 40 dias, duas vezes por dia. A moral dos soldados estava no chão. Estavam desacreditados aos seus próprios olhos. Tornaram-se colecionadores de fracassos. Acostumaram-se a fugir. Os Golias não têm respeito pelas nossas convicções. Eles escarnecem da nossa crença . Eles não querem apenas nos humilhar, mas também banir Deus da nossa mente. Eles querem não apenas prevalecer contra nós, mas também contra o nosso Deus. Os gigantes podem tirar os seus olhos de Deus e roubar do seu coração o sonho da vitória.



III. A VITÓRIA DE DAVI
1. Davi venceu porque estava sob a direção a autoridade de Deus. Na sequencia, observamos que Eliabe, Saul e o próprio Golias expressaram opiniões negativas sobre Davi (I Sm 17.28,33,42). Entretanto, Deus tinha uma opinião positiva sobre aquele jovem. Davi não deu ouvidos a todas aquelas palavras malignas a seu respeito, mas ficou firme em sua convicção espiritual, demonstrando fé, coragem, ousadia, iniciativa e determinação. Ele não teve medo de morrer porque havia sido ungido para ser rei (I Sm 16). Portanto, enquanto não chegasse ao trono, ninguém poderia matá-lo. A unção era sua garantia de vida.



"Embora vivendo em carne, não militamos segundo a carne; porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas" (IICo.10.4)



2. Davi venceu porque teve fé e confiança em Deus. No primeiro momento, as pessoas não deram crédito a Davi, pois o julgavam pela aparência. Ele era formoso, porém pequeno. Era o mais novo dos filhos de Jessé e não fazia parte do exército (I Sm 17.14). Recebeu apenas a simples tarefa de levar um lanche para seus irmãos (I Sm 17.17). Na hora do confronto, o que pesou foi sua história de relacionamento com Deus, além da fidelidade presente. Não podemos depender apenas de um clamor no momento do aperto, embora isto possa até funcionar. Davi tinha uma vida de dedicação ao Senhor e obteve experiências com ele antes daquele dia. Seu currículo era significativo. Tendo enfrentado o leão e o urso, o jovem pastor estava convicto de que venceria também o filisteu (I Sm 17.34-37). As experiências de ontem ajudam a nossa fé hoje. Naquele momento,Davi tomou uma posição de defesa do rebanho de Deus: o povo de Israel. Davi não andou para a linha de batalha, ele correu (I Sm 17.47,48). Estava ansioso para ganhar, para vencer. Ele era um homem determinado a vencer, e venceu. Davi não esperou Golias atacá-lo. Ele era pró-ativo. Não era homem de retaguarda, mas de vanguarda. Não somos chamados para contar os inimigos, mas para vencê-los. Não somos convocamos para fugir dos gigantes, mas para derrubá-los.



* O extraordinário Davi – Caráter e vocação
Quais são as características de um homem, mulher, jovem – adolescente segundo o coração de Deus? Marcas inconfundíveis, fundamentais?(1Sm 13.14 e At 13.22).



1.Seja autêntico, você é uma pessoa singular – v. 39 A armadura de Saul não serve para Davi. Vestir roupa de rei sem ser rei não nos ajuda a vencer gigantes. A armadura de
Saul em Davi era uma bagagem extra, um peso inútil, um verdadeiro estorvo. Por isso Davi disse: “Não posso andar com isto, pois nunca o usei.. E tirou aquilo de sobre si” (v. 39). A armadura de Saul era apenas uma máscara para Davi. Não adianta tentar ser quem você não é. As máscaras só podem nos esconder por um momento, mas elas caem nas horas mais inesperadas. Davi não tentou agradar o rei. Vencedores de gigantes não fazem média, não fingem, não são hipócritas. Não queira ser como os outros. Use as armas que Deus lhe deu e vença os gigantes.



2. Cheio do ES. Cheio do poder – luz de Deus, unção – poder que o capacita, ilumina, consola, fortalece, instrui, faz amar a Deus acima de todas as coisas. Nós vimos que Deus ungiu Davi e a partir daí o Espírito se apossou dele. Davi não apenas possuía o Espírito, mais o Espírito possuía Davi. Havia ali unção, alegria, determinação, energia do céu de um Deus todo poderoso agindo no seu coração. Davi foi segundo o coração de Deus porque era fiel nas pequenas coisas. Se você quer fazer grandes coisas, seja fiel nas pequenas… Se você quer ser usado com poder na frente dos outros, busque o poder quando ninguém está olhando… lá no escurinho, lá com os amigos do mundo, lá onde ninguém vê… Qual o seu testemunho?



3. Adorava em espírito e em verdade - Oferecia a Deus o perfeito louvor e adoração.Ele não apenas tocava, cantava, falava com a voz ele adorava, falava com o coração. Quando Davi começava a tocar harpa havia libertação. Os espíritos se retiravam para bem longe não aguentavam o louvor, ungido, habilidoso, santo, que partia do coração… O poder não estava na harpa, o poder estava em quem tocava a harpa .
Conclusão: Sempre surgirão obstáculos em nossos caminhos. A diferença entre vitoriosos e perdedores, entre verdadeiros cristãos e falsos cristãos é que os primeiros os enfrentam. Devemos ultrapassar os obstáculos, pois os grandes líderes bíblicos, os grandes personagens da história tiveram que enfrentar enormes obstáculos para serem grandes. Podemos vencê-los, se como Davi confiarmos no Senhor: os Golias serão derrotados e venceremos.



“ Não despreze aquilo que Deus colocou em suas mãos"


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O amor a Deus e ao próximo.

Lição: 11 I Jo 4.7-1


Introdução: Quem ama Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, submeter-se-á voluntariamente ao mandamento proposto em Levítico 19.18. Só quem ama Deus com todo o seu ser, é capacitado para o amor ao próximo, para vencer todas as barreiras de preconceito, egoísmo, impaciência e falta de compromisso. Entenderá o amor como uma forma de servir sem esperar recompensa. É capaz de assumir sacrifícios.


Objetivo da Lição:
Conceituar o amor divino;
Enfatizar o amor como a identidade do cristão;
Apontar as evidências daqueles que são filhos de Deus.

I – O AMOR DIVINO

1. Deus é amor. No livro de Isaias 49.15, assim disse o Senhor Deus: “Pode uma mulher esquecer-se do seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti”. O Senhor toma como fundamento o amor materno, que sem dúvida é o mais profundo amor entre os seres humanos para exemplificar a grandeza do seu amor pelo homem, ainda assim, não há parâmetro para se comparar a dimensão do seu amor que é ilimitado e interminável. Ele nos dá a certeza e segurança, ainda que, esse amor materno vier a falir, Ele, no entanto, não nos deixará desamparados. Porque Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

2. A manifestação do amor de Deus. Jesus Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade, porque “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16)” . Portanto, aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor, e o seu amor é à base da aliança, o fundamento da sua fidelidade e a razão da eleição do seu povo. E no capítulo 2, versículo 9 da primeira carta universal do Apóstolo Pedro, o Senhor declara o seu amor de uma forma especial, por aqueles que o amam e buscam fazer a sua vontade, observem: “Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.


II - O AMOR COMO INDETIDADE
DO CRISTÃO


1.O dever de amar a todos. O amor a Deus que não se exprime no amor ao próximo é ilusão. Amar o próximo é assumir o lugar do outro. É sentir as necessidades alheias, tomar para si o sofrimento de alguém. É ver o próximo como gostamos que este nos veja.

2.A identidade cristã. A identidade do cristão é o amor,Jesus afirmou certa vez que seríamos conhecidos como seus discípulos, se amássemos uns aos outros. Ao ser interrogado sobre qual seria o primeiro mandamento, Jesus respondeu: Amarás a Deus sobre todas as coisas e o segundo mandamento, semelhante a esse é: amarás o teu próximo como a ti mesmo.

3.Deus nos capacita a amar. Amar o próximo é assumir o lugar do outro. É sentir as necessidades alheias, tomar para si o sofrimento de alguém. É ver o próximo como gostamos que este nos veja.


III - O AMOR E A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO


1. O amor ao próximo(vv.12,13). Cada pessoa em particular (parente, amigo etc.); o nosso semelhante: Amar o próximo como a si mesmo; o conjunto de todos os homens. A Parábola do Bom Samaritano ajusta-se bem à reflexão sobre "quem é o meu próximo". Mas como amar assim, se a natureza humana é, si mesma, egoísta e interesseira? O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, 5.5 diz que o amor de Deus é derramado em nosso coração. É esse amor de Deus é a fonte do amor com que devemos amar uns aos outros.

2. A confissão de Jesus como Filho de Deus (v.15). É realmente possível amar a Deus, mesmo sem O ver? E a outra: o amor pode ser mandado? Se alguém disser: "Eu amo a Deus", mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê? (1 Jo 4, 20). O citado versículo deve, antes, ser interpretado no sentido de que o amor ao próximo é uma estrada para encontrar também a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo torna-se cegos também diante de Deus.

Com efeito, ninguém jamais viu a Deus tal como Ele é em Si mesmo. E, contudo, Deus não nos é totalmente invisível, não se deixou ficar pura e simplesmente inacessível a nós. Deus amou-nos primeiro — diz a Carta de João citada (cf. 4, 10) — e este amor de Deus apareceu no meio de nós, fez-se visível quando Ele “ enviou o seu Filho unigénito ao mundo, para que, por Ele, vivamos” (1 Jo 4, 9). Deus fez-Se visível: em Jesus, podemos ver o Pai (cf. Jo 14, 9). Existe, com efeito, uma múltipla visibilidade de Deus.

3. A confiança no amor de Deus (vv. 16-18). Como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus, na Bíblia? Consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo. Para além do aspecto exterior do outro, dou-me conta da sua expectativa interior de um gesto de amor, de atenção, que eu não lhe faço chegar somente através das organizações que disso se ocupam, aceitando-o talvez por necessidade política. Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa. Aqui se vê a interação que é necessária entre o amor a Deus e o amor ao próximo, de que fala com tanta insistência a I Carta de João. Se na minha vida falta totalmente o contato com Deus, posso ver no outro sempre e apenas o outro e não consigo reconhecer nele a imagem divina.


Conclusão: Quando indagado a respeito do grande mandamento, Jesus citou a Escritura (Mt. 22.36-38; Dt. 6.5), respondendo “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”. E acrescentou: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Vemos, aqui, o tripé do amor cristão, sob qualquer hipótese, podemos amar apenas a nós mesmos, o que revela egoísmo, ao próximo, mero filantropismo, ou a Deus, puro fanatismo. Amemos, portanto, tanto a Deus quanto ao próximo, mas não apenas em palavras, antes de fato e de verdade (I Jo. 3.11).



Que Deus possa derramar
sua unção sobre a sua vida!